quarta-feira, 25 de julho de 2012

NOVO MUNDO DOS NEGÓCIOS NA ERA DIGITAL

Os próximos anos vão exigir do empresariado brasileiro e dos profissionais de uma maneira geral, muito mais do que talento para vendas e negócios

Marcelo Castro

A Copa de 2014 vai gerar um incrível movimento e iniciativas de fomento ao comércio eletrônico de todas as partes, vamos viver os próximos anos uma avalanche de modismos e tendências a levar para a Web grande parte das transações comerciais, utilizando-se cada dia mais de novos meios de pagamentos e novas formas de compras, que vão atuar principalmente sobre as plataformas do celular, dos tablets e da TV a cabo.

Todos serão afetados, sem nenhuma restrição. A rapidez como reagimos e nos adaptamos aos novos tempos é que será definitiva para o sucesso ou a queda das vendas.
O Brasil precisa dar um salto tecnológico rápido em termos de infraestrutura tecnológica, pois devido a sua extensão intercontinental e de suas deficiências em infraestrutura aeroportuária, portuária rodoviária e de segurança pública e saúde, pois tudo isso pode colocar em xeque todos os esforços de organizar uma Copa do Mundo, com graves problemas para a sociedade e sua normalidade.

Somente com banda larga e conectividade com cobertura nacional, vamos conseguir minimizar os problemas existentes e que se potencializarão em tempos de Copa do Mundo, com a chegada de mais de 1,5 milhão de visitantes ao Brasil e nas cidades-sede da Copa.
Os visitantes, turistas brasileiros e estrangeiros da Copa de 2014 tem um perfil de usuário de smartphones e tablets, navegador na Web e comprador online, portanto, vão buscar nestes meios e mídias, as informações de hotéis, locais de compras, restaurantes, passeios turísticos, dicas e orientações sobre as cidades.

Os gestores da Copa de 2014 têm também um papel importante em fomentar e propor aos administradores públicos dos estados e municípios, através dos Secretários de Copa, governadores e prefeitos, a implementar e disponibilizar a Internet pública nas cidades-sede da Copa de 2014, principalmente e no mínimo.

Se preocupar com infraestrutura tecnológica não é mais uma questão de desenvolvimento, trata-se agora de manutenção dos padrões mínimos da economia, pois imaginem milhares de pessoas, estrangeiros acessando a Web de um mesmo local ou cidade, comerciantes e lojistas com sistemas de cartão de crédito caindo durante seus atendimentos, celulares que não funcionam ou com sinal e transmissão ruim de voz e dados.
Imaginem voos sendo cancelados e atrasando nos aeroportos e a falta de conectividade impedindo das pessoas de se reprogramarem e fazerem contatos Calcule a dificuldade de encontrar pousadas e pequenos hotéis, passeios e serviços turísticos, que já não sejam aquelas conhecidas.

Estudos apontam para um número muito maior de opções em pousadas e hotéis, que se incluídos digitalmente na Web, poderão aliviar a pressão da falta de ofertas, melhorando o preço (concorrência) e criando mais oportunidades de negócios e desenvolvimento econômico.
Sabemos do potencial do artesanato brasileiro e o Sebrae tem feito um excepcional trabalho de suporte e ajuda na profissionalização deste segmento, mas muito mais ainda pode ser feito muito com a inclusão digital do artesanato no e-commerce.
Recentemente estive na Fenearte, maior evento de artesanato do país, onde fiquei encantado com a quantidade e qualidade do artesanato brasileiro, mas ao mesmo tempo pude observar a falta de uma ação de cooperativismo digital, que permitiria vender aquelas "joias" culturais e de decoração, muito valorizadas em todo o mundo, com pelo menos o dobro do valor vendido no Brasil.

Disponibilizar serviços e produtos na Web, criar formas alternativas de vender e se relacionar não é mais uma novidade ou inovação, trata-se de uma forma de manter-se vivo no mundo dos negócios. Para se diferenciar da concorrência será preciso, ai sim, inovar pra valer, criar formas de se comunicar e se relacionar com os consumidores, captando as oportunidades do ambiente onde este consumidor está e oferecendo comodidades e rapidez de resposta.

Andar em grupo e acompanhar as tendências de forma coletiva é a melhor forma de não embarcar em ideias e soluções equivocadas. Foi pensando assim e com a visão que devemos criar um ambiente para as mudanças que a CNDL e as demais entidades apoiadoras, criaram o Projeto ECOM.

Colocamos a disposição da sociedade brasileira o Projeto ECOM, que em 2012 realizará o II Seminário NACIONAL de Comércio Eletrônico, Meios de Pagamentos e Negócios na Web + I Workshop de Redes e Mídias Sociais, uma iniciativa de informação, formação e capacitação profissional, da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) e da Digital Consulting Brasil, contando aindacom apoio do SEBRAE, Caixa Econômica Federal e grandes corporações brasileiras. Um megaevento que pretende ajudar o Brasil a se preparar para receber a Copa de 2014.



Como mencionou o escritor português Fernando Pessoa, "Navegar é preciso...", hoje mais do que nunca na Web.


Fonte: Revista Incorporativa.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

DIFICULDADES EM GERENCIAR

POR QUE ALGUMAS PEQUENAS EMPRESAS POSSUEM MUITAS DIFICULDADES EM GERENCIAR SUAS FINANÇAS?

Você já se perguntou por que algumas pequenas empresas possuem muitas dificuldades em gerenciar suas finanças? Afinal de contas, não é raro observar que estas empresas possuem produtos/serviços excepcionais a oferecerem ao mercado, suas vendas estão em uma crescente, porém, a cada ano que passa o mesmo problema sempre aparece, falta de caixa para fazer pagamentos das contas.

Isso ocorre, porque normalmente a área financeira destas pequenas empresas é gerenciada por pessoas de confiança do empresário, como exemplo alguém da família ou um amigo mais próximo que tenha um conhecimento básico sobre finanças corporativas. O que acaba acontecendo é que esta pessoa somente controla as receitas e as despesas, sem fazer uma análise de cada despesa para saber se é necessário mesmo o pagamento dela todos os meses ou se é possível reduzir este custo para aliviar o caixa, já no lado da receita o grande problema ocorre com a falta de um controle mais rígido com relação à cobrança de títulos em aberto por parte dos clientes, como ele se sente desconfortável em fazer tal cobrança, acaba deixando de lado estes recebimentos que é essencial para a empresa, com isso, acaba ficando no prejuízo e sem recursos para a realização de pagamento das despesas na data de vencimento.

Outro grande problema encontrado neste departamento é que estas pessoas não mantém um relacionamento com os bancos onde possuem conta entre outros como deveria, tentando reduzir taxas e verificando melhores formas de empréstimos para a utilização destes recursos para alavancar a empresa.

Por isso, é de grande importância se preocupar com o departamento financeiro de uma pequena empresa contratando um profissional com grande conhecimento, pois a empresa pode possuir um produto/serviço excepcional, suas vendas sempre em uma crescente, mas sem um departamento financeiro organizado não será fácil fazê-la obter um sucesso no médio e longo prazo.

Fonte: Administradores.com.br.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

ACOMPANHAR OS PROCESSOS TRIBUTÁRIOS

EMPRESÁRIO DEVE SEGUIR PROCESSO TRIBUTÁRIO DO NEGÓCIO

Por: Edmilson de Ataide
Em reuniões periódicas com empresários e clientes percebo cada vez mais que quem está no comando das empresas está cada vez menos interessado em acompanhar os processos tributários de seus negócios.

Enquanto isto, os órgãos fiscalizadores estão, há pelo menos uma década, em trabalho constante para informatização de todo o processo fiscal. O que se viu neste período foi uma massificação do uso da Nota Fiscal Eletrônica, que é apenas a ponta de um iceberg tecnológico bem mais abrangente: o Sistema Público de Escrituração Digital. Dentro deste sistema há ainda a Escrituração Fiscal Digital e a Escrituração Contábil Digital. Tudo para gerar uma base unificada que ajude no controle da sonegação com cruzamento de dados que tapa o ralo da falta de informação e o escoamento de milhões de reais em tributos não pagos. Ou alguém acha que é mágico o crescimento histórico da arrecadação nos últimos 10 anos que é o dobro do PIB?

A questão é que o que se vê é espécie de Big Brother da contabilidade. Todos estão sendo monitorados e é preciso que os dados sejam incluídos nestas etapas de forma bastante criteriosa. Mais que isto: lá na frente — quero dizer muito em breve — o empresário que ainda dá de ombros para esta realidade poderá ser surpreendido com notificações não muito agradáveis de que houve equívocos em suas declarações e a conta a ser paga não será barata.

Na visão do empresário, em especial do pequeno e médio empreendedor, toda esta questão fiscal é burocracia que deve ser tratada exclusivamente por sua assessoria contábil. No contexto destas alterações fiscais, inúmeras novas informações devem ser geradas e o empresário simplesmente as ignora. Este é o grande engano. O empresário precisa tomar as rédeas do que é feito internamente na hora da emissão dos documentos, estar alinhado com seus colaboradores e, por fim, afinado com sua assessoria contábil. Ele é sim parte fundamental deste processo. Afinal, onde se dá a emissão de nota fiscal? Onde se processa entradas e saídas para fins de controle de estoques? Quem opera recebimentos e pagamentos bancários? Resposta: dentro da sua empresa!

De forma bastante resumida, chego a alguns pontos importantes que o empresário precisa se atentar. E que há uma séria de instituições e até mesmo empresas especializadas em qualificá-lo para não perder o compasso destes quesitos básicos:

— Manter-se informado das linhas gerais do processo: Apesar de não precisar deter conhecimentos profundos sobre a gestão tributária, o empresário não pode ignorar totalmente o processo.

— Buscar uma parceria com sua assessoria contábil: Muitas das informações que o empresário necessita podem ser obtidas com sua assessoria contábil. Deverá haver um maior grau de comprometimento entre empresa e contabilidade, com cada um assumindo compromissos de sua competência. Se sua assessoria não for parceira nesta hora, avalie a possibilidade de trocá-la, pois este suporte será necessário.

— Investir em treinamento da equipe: Muitas informações fiscais serão geradas dentro da empresa (Nota fiscal eletrônica, estoques, movimentação bancária). Se o empresário possui colaboradores despreparados no aspecto fiscal e não sabem nem o que significa SPED, como eles podem ser geradores destas informações? Portanto, um programa de treinamento será necessário e deverá abranger vários setores da empresa: compradores, vendedores, estoquistas, faturistas, financeiro e TI, entre outros.

— Investir em Sistema ERP ou equivalente: Independentemente do porte da empresa, não há qualquer possibilidade de atender à demanda fiscal que está sendo implantada sem o uso de recurso tecnológico. Um sistema informatizado que compile os dados de compra, venda, estoque, contas a pagar, contas a receber, fluxo de caixa. É indispensável para gerir as informações solicitadas pelo fisco. Existe muita empresa gastando demasiadamente com recurso humano para suprir a falta de um sistema de informática, gerando informações pouco confiáveis para o fisco.

— Facilitar a Integração de sistemas e processos:Mantendo uma parceria com sua assessoria contábil, buscar soluções conjuntas que venham a integrar sistemas, evitando retrabalho e reduzindo custos para ambos.

— Ser inteligente no uso das informações geradas: Com uma equipe bem treinada e com um sistema ERP devidamente alimentado e integrado, o empresário pode tirar proveito das informações geradas para potencializar e maximizar seus resultados, cobrando da assessoria contábil informações que vão subsidiar sua tomada de decisão no que se refere à formação de preços, redução de custos e avaliação de resultados.

Por fim, não há mais como o empresário tapar o sol com esta peneira esburacada da desculpa de que isto não faz parte de suas atribuições. E, lembrando, ele está atrasado perto do que a tecnologia já evoluiu. Perder mais um dia pode custar caro daqui poucos anos.

Edmilson de Ataide sócio da consultoria Contek e integrante do conselho consultivo do Inapem, grupo de empresas de contabilidade.

Fonte: Revista Consultor Jurídico.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

COMPLIANCE TRIBUTÁRIO:

AS NOVAS TECNOLOGIAS EM FAVOR DAS EMPRESAS

Uma das áreas de extrema importância para as organizações, e que vem sofrendo diversas reformulações pelo mundo, é a tributária

Por: Marlon Custódio

Vivemos na era da informação e do aperfeiçoamento tecnológico, que parece não ter mais limites. Resistir às novas ferramentas é uma tarefa impossível. Com tanta rapidez, propiciada por esse desenvolvimento, as empresas não conseguem sobreviver apenas adotando uma visão empreendedora, conhecimento técnico e a força de vontade dos seus comandantes e colaboradores. Hoje, a boa gestão do negócio é fundamental.

Acompanhar notícias e eventos do outro lado do mundo em tempo real, fechar negócios entre empresas por intermédio de web conferências ou transferir dados e documentos num piscar de olhos dão o tom ao mercado corporativo atual. Da mesma forma que as informações trafegam com velocidade extrema, as mudanças nas legislações, adequações tributárias e atualizações fiscais também avançam de maneira rápida e constante.

Uma das áreas de extrema importância para as organizações, e que vem sofrendo diversas reformulações pelo mundo, é a tributária. No Brasil, conceitos como Certificação Digital, SPED, NF-e e IFRS já são corriqueiros para as empresas que utilizam estas ferramentas diariamente. A gestão fiscal se fundiu de tal maneira à tecnologia que já estamos num caminho sem volta. Com a rápida evolução tecnológica dos agentes do Fisco nos últimos anos, as companhias e o mercado em geral estão se deparando com a necessidade de constantes atualizações.

Some-se a isso as diversas obrigações exigidas atualmente e as alterações legais nas esferas municipal, estadual e federal, e a conclusão é a seguinte: para não correr o risco de sofrer com autuações e multas, as empresas devem estar preparadas. Não existe mais espaço para erros ou para o “deixar para depois”. As transações e consequentes informações enviadas ao Fisco acontecem praticamente em tempo real, e exigem consistência.

A mão de obra especializada vem se tornando cada vez mais escassa diante do grande número de processos de reciclagem e cursos de atualização necessários. Diante desse cenário, softwares de gestão tornam-se ferramentas essenciais para qualquer empresa ficar em dia com sua gestão tributária. Com a utilização dessas ferramentas, os analistas ganham tempo para se focar nas atividades estratégicas.

Hoje, as ferramentas mais modernas são capazes de realizar revisões fiscais sobre arquivos magnéticos de modo a avaliar sua consistência antes ou após a entrega ao Fisco, permitindo a adoção de medidas corretivas antes do início de um procedimento administrativo ou judicial, reduzindo, assim, possíveis encargos com multas e custos relacionados a processos administrativos ou judiciais.

Além das revisões, o (*) Compliance Tributário indica os pontos de risco o que possibilita a definição de um plano de ação sobre os processos de sistemas oficiais da empresa para eliminar as inconsistências, também chamadas de gaps.

O mundo está mudando, e o Brasil está no inserido no meio destas mudanças. As questões tributárias são parte importante da transformação e, nas mais diversas áreas de negócios, as ferramentas tecnológicas surgem para possibilitar ganho de tempo, minimizar possibilidades de erros e propiciar que os colaboradores possam se dedicar às questões estratégicas, que serão os diferenciais de cada organização. Ao final das contas, a tecnologia é o básico e necessário, e o capital humano, conjugado a uma adequada gestão, é a força motriz das corporações.

(*) Compliance = No âmbito institucional e corporativo, Compliance é o conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares. Compliance vem do verbo em inglês to comply, que significa "cumprir, executar". E, na prática, implica estar em conformidade com as leis, os regulamentos internos e externos e os princípios corporativos que garantem as melhores práticas de mercado


Fonte: Revista Incorporativa.

EMPREENDEDOR INDIVIDUAL

NOVOS DOCUMENTOS SÃO EXIGIDOS PARA A FORMALIZAÇÃO
O programa Empreendedor Individual foi lançado em julho de 2009 com o objetivo de permitir a legalização da atividade dos trabalhadores autônomos.

Fonte: Luiza Belloni Veronesi

A partir de agora, os interessados em se formalizar como Empreendedor Individual deverão apresentar os números do Título de Eleitor ou do recibo de entrega de declaração do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) para se cadastrarem.

A nova regra, determinada pelo Comitê do Simples Nacional, não desobriga a apresentação dos demais documentos, como o número do CPF, data de nascimento, CEP da residência e do local de funcionamento do negócio do microempreendedor.

Segundo com a nota técnica do Comitê, o sistema do Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br), no qual realiza a formalização, somente pedirá o número do recibo do IRPF caso a pessoa tenha entregado alguma declaração nos últimos dois anos, o que será identificado logo após a inclusão do CPF.

Mesmo que a declaração tenha sido entregue em formulário, o número do recibo será solicitado (nesse caso, o número é da etiqueta da ECT, desprezando-se as letras). Se não for identificada a declaração no período, o número do título de eleitor e data de nascimento deverão ser inseridos.

Sobre o programa

O programa Empreendedor Individual foi lançado em julho de 2009 com o objetivo de permitir a legalização da atividade dos trabalhadores autônomos. A formalização, que é feita pela internet (www.portaldoempreendedor.gov.br), permite aos inscritos a emissão de nota fiscal e a consequente venda de produtos e serviços a empresas e governos. Também dá acesso a benefícios previdenciários como aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade. A formalização é gratuita.

A lei que criou o programa estabelece R$ 60 mil como faturamento máximo anual dos empreendedores. Também permite a contratação de um empregado. Ultrapassados esses limites, o empreendedor individual pode passar à condição de microempresário.

Fonte: Infomoney.

terça-feira, 3 de julho de 2012

SPED SOCIAL

SPED NA FOLHA DE PAGAMENTO
O novo modelo está sendo testado há mais de um ano por cerca de 40 empresas, praticamente as mesmas que participaram do primeiro projeto piloto envolvendo o Sped.

O ambicioso projeto da Receita Federal implantado há cinco anos e conhecido como Sped (Sistema Público de Escrituração Digital) será ampliado no próximo ano, quando as empresas serão obrigadas a enviar a folha de pagamento digital padronizada, no lugar da impressa, em um ambiente que será compartilhado com órgãos do governo, como a Receita Federal e o Ministério do Trabalho.

A novidade, que vem sendo chamada de Sped Social, EFD da Folha de Pagamentos ou EFD Social, vai mudar a rotina dos departamentos de Recursos Humanos (RH) e Pessoal das empresas e, no longo prazo, deverá levar à extinção grande parte das obrigações acessórias relativas à área trabalhista. E será, ainda, uma ferramenta importante de controle da arrecadação das contribuições previdenciárias.

O novo modelo está sendo testado há mais de um ano por cerca de 40 empresas, praticamente as mesmas que participaram do primeiro projeto piloto envolvendo o Sped. De acordo com o professor Roberto Dias Duarte, autor do livro "Manual de Sobrevivência no Mundo Pós Sped", nesse caso, a novidade é a participação de empresas do setor de construção civil, grandes empregadoras de mão de obra.

Simplificação – A ideia do fisco é começar a exigir a entrega da folha digital a partir de 2013 e, desta vez, o universo de empresas enquadradas na exigência será bem mais abrangente, incluindo as empresas enquadradas no Simples Nacional, os Microempreendedores Individuais (MEIs) e os empregadores domésticos.
A gerente da área trabalhista da Thomson Reuters – Fiscosof, Alessandra Costa, ressalta que haverá um módulo especial para os pequenos empregadores. "Independentemente do porte da empresa e do sistema tributário adotado, as companhias devem ficar atentas às obrigações trabalhistas e previdenciárias e rever os processos de seus departamentos de RH e pessoal", alerta. Ela diz que, com o Sped Social, o fisco deverá deixar de exigir, de forma gradativa, diversas declarações, como a GFIP/Sepif, Dirf, Caged, Rais, Manad, folha de pagamento e ficha de registros de empregados.

Representatividade – Defensor do projeto do governo, o professor Roberto Duarte alerta, entrentanto, que os prazos de entrega das exigências têm ficado apertados. De acordo com ele, uma das principais reclamações dos empresários é que a representatividade das empresas que participam do teste não corresponde à realidade da maioria das companhias brasileiras.
"Hoje, a maioria das empresas que adotam o lucro presumido são de pequeno porte e, portanto, não têm estrutura para se adequar aos prazos e exigências estabelecidas", afirma Duarte.
Ele vislumbra problemas, por exemplo, com a primeira entrega da EFD Contribuições – que foi criada em junho de 2010 e com prazo de entrega previsto para julho deste ano, mês em que será exigida de cerca de 1,5 milhão de empresas. A multa para quem não cumprir o prazo é de R$ 5 mil por mês de atraso.
Fonte: Diário do Comércio.

CAPITAL SOCIAL

CAPITAL NÃO INTEGRALIZADO

Somos frequentemente indagados sobre por que o Capital Não integralizado é informado no Patrimônio Líquido, e não no Ativo Realizável.

Por: Salézio Dagostim

Somos frequentemente indagados sobre por que o Capital Não integralizado é informado no Patrimônio Líquido, e não no Ativo Realizável.

Temos respondido que o Capital Não integralizado é informado no Patrimônio Líquido, retificando o valor do capital social subscrito, por força do art. 182 da Lei 6.404/76, que diz que a conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

No entanto, do ponto de vista contábil, o capital não integralizado corresponde a um Direito Realizável, por ser um ativo da pessoa jurídica. Isso porque, para que a sociedade seja personificada, é necessário que se mencione no contrato o valor da quota de capital de cada sócio e o modo de sua realização (art. 997, inciso IV do C.C.).

Já o art. 1.004 do Código Civil estabelece que: “Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.”

Também o art. 1.082 do C.C. estabelece que são duas as condições para a redução do capital social, ou seja: depois de integralizado, se houver perdas irreparáveis (para compensar prejuízos); e se o capital for excessivo em relação ao objeto da sociedade.

Porém, no caso de redução do capital pelo excesso de capital de giro, é necessário que essa deliberação seja publicada na imprensa, e, então, os credores quirografários terão noventa dias para se opor a essa deliberação. (§ 1º, art. 1.084 do C.C.).

Observa-se, assim, que, em relação ao capital não integralizado, para retificar o valor do capital social, é necessário que haja excesso de capital de giro e que os credores quirografários não se oponham. Caso contrário, o sócio que não integralizou a sua quota de capital será devedor da quantia não integralizada, e a sociedade poderá executá-lo, cobrando o valor da quota não integralizada, acrescida de juros legais ou contratuais.

Portanto, somos de opinião que o capital não integralizado se constitui em um ativo realizável da pessoa jurídica, por representar um direito líquido e certo dela.

Salézio Dagostim é contador; pesquisador contábil; professor da Escola Brasileira de Contabilidade (EBRACON) e da FACENSA; autor de livros de contabilidade; fundador e ex-presidente do Sindicato dos Contadores do Estado do Rio Grande do Sul; sócio do escritório contábil estabelecido em Porto Alegre (RS), Dagostim Contadores Associados

Fonte: O Autor