quinta-feira, 23 de agosto de 2012

ECONOMIA PARA EMPRESÁRIOS

Com a crise mundial de 2008, tivemos quedas substanciais de todos os setores da economia, no entanto, o Brasil passou por uma experiência jamais vista neste país.

Por: Reinaldo Clementino de Souza

Na economia mundial, independente de seu regime econômico político ser comunista, socialista ou capitalista, é o Neoliberalismo econômico que está imperando. Com uma visão de oferta de produzir, produzir e produzir é preciso do outro lado a demanda que é consumir, consumir e consumir, caso contrário, se estará formando somente estoque, e estoque parado é prejuízo na certa. Porém, para que haja consumo maciço é necessário que os produtos tenham uma durabilidade menor, para que se possa elevar o consumo destes bens.

De outro lado é necessário que exista renda suficiente (própria ou de terceiros) para que haja um progresso no consumo. Portanto, estamos falando de uma máquina que não pode parar, a qual possui três engrenagens fundamentais: o capital, o trabalho e o mercado financeiro. Assim, se o capital tiver o seu lucro, o trabalho sua renda e o mercado financeiro seus juros, todos contentes, teremos uma utópica economia em harmonia perfeita, caso contrário será uma bomba relógio. Sabemos que crises econômicas afetam atualmente o mundo, com guerras, fome, desleixo aos recursos naturais e muito mais. Por trás disto tudo, que podemos afirmar que os interesses econômicos estão atuando, concluindo assim que a economia é a mola propulsora do crescimento mundial.

E neste aspecto, alerto os empresários do varejo para que fiquem atentos às notícias econômicas dentro e fora de seu setor, pois o mercado varejista está atualmente muito competitivo, motivo este que leva seus operadores a uma análise constante e reflexiva para a tomada de decisões.

Com a crise mundial de 2008, tivemos quedas substanciais de todos os setores da economia, no entanto, o Brasil passou por uma experiência jamais vista neste país. O governo tomou sobre maneira, políticas expansionistas para aquecer o mercado, aumentou o crédito do consumidor, elevou a base salarial, efetivou redução de algumas alíquotas de impostos indiretos, gastou mais na economia, recolocando valores de sua poupança no mercado, estimulando o consumo e com isto, conseguimos abafar temporariamente os reflexos da crise. Em resumo, aumentou o poder aquisitivo das pessoas, aquecendo assim o mercado varejista, principalmente a elevação da categoria das classes de menor renda, que passaram a consumir muito mais.

Atualmente o cenário Brasil está, em geral, positivo para o setor, pois os dados econômicos mostram um PIB em crescimento, com tendência temporária de redução nesta aceleração, porém crescendo. Uma melhor distribuição de renda ao consumidor, juros em queda, que incentivam a tomada de crédito, principalmente o uso mais constante do cartão de crédito, a estabilidade da moeda, mantendo a disparidade baixa do dólar em relação ao real, isto faz com que os produtos importados tenham custos menores, aumentando a lucratividade do varejista que trabalha com produtos oriundos de outros países.

De outro lado para os empresários varejistas que comercializam produtos nacionais, estes sofrem impactos com a valorização da moeda nacional, pois a Indústria Nacional que passa por forte barreira em relação à valorização cambial do real, tem seus custos elevados e é evidente que repassa ao comércio varejista, que acaba tendo seu lucro reduzido. Então, a valorização cambial da moeda brasileira é excelente para o consumidor, pois assim tem seu poder de compra estabilizado, porém, é ruim para alguns setores do varejo.

Fonte: Revista Incorporativa